domingo, 20 de dezembro de 2015

RELEITURA DE UMA ANTIGA PARÁBOLA


Já notou como tantas pessoas têm uma vida calma, sem sustos, em paz?


Seriam almas dotadas de maior pendor espiritual, dignas de tranquilidade em seu dia a dia? 

Creio que dessas há por aí na Vida, ocultas em obras de realização impensáveis para a maioria. No entanto, tomando a atual desventura dessa época em que joio e trigo misturam-se na forja dos tempos chegados, muito mais existem os que embalam-se na monotonia de um viver por viver, sem esforço mas sem espinheiros.

Assim vivem tantos que, recolhidos na aparente paz de um viver inócuo, são poupados pelo Anjo da Dor exatamente para que não precisem exibir sua fraqueza e cair em prantos, de joelho, orando pela ajuda do Criador.

A Sombra bem lhes conhece tal fraqueza, mantendo-os em frígida tranquilidade a fim de não volverem seus olhos para a Luz.

Mas os operosos buscadores que anseiam por elevação! Ah! Os filhos de Caim, herdeiros da terra ao preço do suor, sol a sol, do cultivo árduo por suas vidas! Esses, tanto mais lutam quanto mais a Sombra lhes atormenta a lide diuturna!

Sob o sol que os queima a tez, acostumam-se a fixar a Luz. Desagradam os demônios por manterem a fronte altiva, arrostando com coragem a batalha de ascensão. Bem por isso, são chicoteados minuto a minuto, sob o olhar confiante dos Anjos que lhes doam força interior e convicção.

Se o marasmo agradável de tardes mornas adornam o seu viver, acautele-se!

Se o mar sempre e sempre lhe tenta roubar o leme, afirme-se ao timão e siga adiante!

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